segunda-feira, 24 de novembro de 2008

(P.A.S) Projeto Amo Salgueiro

Tive a idéia de criar este projeto em 1994 e  em 1995 consegui reunir um grupo de amigos e moradores da comunidade do Salgueiro em São Gonçalo - RJ.

Por falta de apoio e incentivo sócio cultural educativo, com fé em Deus, resolvemos fazer um levantamento histórico da comunidade, que resultou em 50 horas de imagem em dois anos, produzindo um vídeo, com tema: “Mostrando o Salgueiro que o salgueirense não conhece”, com vários depoimentos de pessoas da comunidade: lideranças, artistas, músicos, etc.

Buscando suas raízes culturais para não sermos esmagados por esse “rolo compressor”, chamado globalização, e não perdermos a nossa identidade.

Tirando do solo e colocando na superfície os valores que existem na comunidade do Salgueiro; na arte, música, religião, lideranças, costumes, esportes, etc. É a mistura rica de cada bagagem cultural das favelas e morros de Niterói, que foi trazida para a comunidade do Salgueiro em 1973.  São as seguintes favelas - Maverói,e Maracãnazinho; e os morros do Estado, do Palácio,  da Marinha, Chácara do Vintém etc .

O P.A.S tem por finalidade promover a aproximação de seus moradores e valorizar a vida comunitária, principalmente, nas suas expressões culturais, artísticas e educativa, com isso proporcionando um ambiente mais humano, de elevo da auto estima, despertando o interesse, a valorização das pessoas e o amor pela comunidade.

Hoje temos cerca de 1.000 crianças registradas em diversas atividades como: futebol, capoeira, quadrilha de salão e dança de rua; e oficinas  de grafite, artesanato, teatro, vídeo e fotografia.

É importante, contudo, deixar claro que esta iniciativa nada tem haver com vinculações a partidos políticos nem com interesses eleitorais, assim como não estão condicionadas a credos ou confissões religiosas. Este projeto não tem “dono”, só animadores e trabalhadores.

O P. A. S acredita que a arte, a cultura, o esporte e a educação são um dos braços redentores de Deus, para salvar a humanidade, principalmente o Salgueiro e as comunidades adjacentes.

 

Minhas Histórias

Autor:Jorge Canela & Luiz Augusto


O caranguejo que resolveu sair do buraco e da lama.

 A insatisfação de um caranguejo em andar e conhecer outros seres e lugares viviam em completa tristeza, com ajuda de um amigo o siri e outros companheiros ele resolve sair do buraco e da lama.


 O saci preso na garrafa.

Além de fazer uma alusão ao folclore brasileiro, também é uma tentativa de comparar as crianças que não sobem as favelas e morros e guetos, e só vêem essas crianças pelo vidrinho que é a tv, e geralmente quem são presos são os pretinhos, e poucos conseguem se soltar, mais servem de pesquisas, captação de verbas públicas e privadas, sem contar a manipulação partidária. Estimulam as mesmas a usarem drogas e as transformam em dependentes ou traficantes. 


O Passarinho na gaiola e o saci no vidrinho.

Desperta a consciência ecológica e claro que é uma comparação às crianças dos guetos que ficam presas em casa, e pessoas que tem o prazer de prender, maltratar e até matar. Alguns pássaros são presos e recebem comida na gaiola, já as crianças muitas vezes ficam com fome.


Bumbum de farofa. 

É um caso de amor que acontece no baile Funk com um casal diferente, eles se apaixonam, mas moram em comunidades com facção diferentes. Elas eram jovens formigas mais de espécies diferentes, ela morava no morro da Tanajura e ele no morro do formigueiro. Assim a todo um desenrolo e vencem os preconceitos para ficarem juntos.


A Árvore e o Pedra

É uma história quase impossível de dois seres diferentes que vence pelo amor, é também uma homenagem ao Chico Mendes.


O Mexilhão e a Ostra.

Uma história de amor, perseverança, fé e muita coragem. É a união de espécieis diferentes, classes sociais, costumes etc.


O Caranguejo que pegou carona no casco da Tartaruga

Uma aventura de um caranguejo que sai de São Gonçalo e vai até a Bahia e conhece o Projeto Tamar com a tartaruga.


O cabeça de Travesseiro.

É um grande defensor das crianças maltratadas, esquecida e violentadas pelos adultos. É um grande super herói das crianças, oprimidas que choram pelas madrugadas com a cabeça no travesseiro da vida.


O Mexilhão descolado.

Uma vida presa sem possibilidade de mudanças e mobilização, morando em um dos mais bonitos cartões postais, a ponte Rio/Niterói, mas havia um sonho com possibilidades de mudança de sair e descolar.

 

O Guaiamum que ouviu o silêncio.

Em um belo dia o Goiamum percebeu um silêncio no mangue e resolveu sair para saber o que estava acontecendo, muitos de seus companheiros em seu habitat estavam.
muito alterados. Ao sair ele vê várias surpresas desagradáveis com a maior participação
dos pernas compridas, braços longos, cabeça cabeluda e uma boca cheia de dentes.


A festa de dona Minhoquinha.

Uma festa de aniversário comunitária, onde a dona da mesma faz questão de convidar todos os moradores do quintal, sem deixar ninguém de fora. È abordado o respeito, preconceito e a comunhão, gerando uma integração comunitária através de um evento. E é ai que está o ponto de convergência; arte, cultura e eventos.


Um Lugarejo.

É um conto de um lugar em que o avanço do progresso acaba com os valores comuns do povo, violenta e não respeita a sua cultura, desmata e escraviza os jovens, as crianças e adolescentes.


A Acará e o Morobá.

Dois peixes que eram amigos e viviam transitando no Rio Alcântara, Salgueiros e iam até o Monte Raso, mais com as construções de alguns conjuntos habitacionais, essas trajetórias foi se tornando impossível por falta de oxigênio na água.


A Tartaruga e a Preguiça.

Dois seres com muita afinidade e muito parecidos pelos movimentos que faziam, mas.
Diferentes fisicamente, ambos com dificuldades de aceitar o outro, são de espécieis diferente.

 

Drogas.

É uma crônica e controvérsia da nossa sociedade preconceituosa à respeito das drogas. Assim vamos perceber o quanto elas passam nas nossas famílias, não importando a classe:
alta, média ou baixa, todos estão comprometidos.


O feijão que saiu do chão e foi para o espaço.

É baseado na experiência de um grupo de alunos que mandou alguns grãos de feijão para fazer experiência no espaço. Mais tarde algumas cápsulas contendo esses grãos foram jogadas no mar. O resultado disso tudo é fantástico.


Maria das Graças.

É o resultado de uma pesquisa sobre as mulheres da comunidade do Salgueiro, poucas conseguem sair, muitas ficam dentro de casa, às vezes vão ao comércio local, levam os filhos na escola, ou ao pronto socorro. Já as que trabalham fora, saem felizes e voltam tristes, porque voltam para o exílio.


O Menino que marcou na Terra e fez uma ponte para o espaço.

Foi inspirada no astronauta Marcos Pontes, o menino foi criado em uma favela e tinha o mesmo sonho do astronauta ir para o espaço, usando todos os elementos e materiais reciclados montaram sua própria nave, junto com vários amigos.


Menino vento.

É uma família que após a abolição da escravatura se manteve unida apesar das dificuldades financeiras, o descaso dos senhores e opressão que vivia, nasce o menino vento, resgatando o negrinho do pastoreio e o saci pererê, com uma alusão ao Zumbi justiceiro.


Drogas e Drogas.

È um documentário de Prevenção ao Uso Abusivo de Drogas. É também uma reflexão á respeito dos tipos de drogas.


 O Jacaré que mora no mangue.

È um símbolo de uma comunidade, resgatando o próprio animal que está em extinção. Ele passeia, dança, é querido por todos, principalmente pelas crianças, não come gente, é gente boa e trabalha no colégio.


Chupico.

Documentário do dia a dia das comunidades e personagens que são encontrados nelas, principalmente no Sal.


 Menino do Sal.

O menino que vivia no começo da habitação do conjunto, soltando pipa, jogando bola, comendo frutas (goiaba, Jamelão, cajá, manga e várias outras), pescando, brincando sem cerca, não havia muro nos quintais.